15/09 - Gazin
Além do avião, do pão de queijo, do brigadeiro, do relógio de pulso e até mesmo da Bina, o brasileiro pode se orgulhar de colocar em sua conta de criações originalmente brasileiras o consórcio.
Criado no início da década de 60 por funcionários do Banco do Brasil de Brasília, que reuniram um grupo de pessoas com o mesmo objetivo, comprar um carro zero, o sonho da família brasileira na época: o Fusca da Volkswagen. O método escolhido foi cada participante contribuir com uma parcela do valor do carro, assim poderiam quitar os automóveis a cada mês. Para definir a ordem de quem seria contemplado com o carro, uma solução simples: sorteio! Assim nascia um dos produtos financeiros de maior sucesso no país.
O surgimento do consórcio aconteceu no mesmo período em que Brasília se consolidava como capital do Brasil e numa época que automóveis eram considerados artigos de luxo, mas que seria útil para percorrer a extensa capital do Brasil, pois o transporte público ainda estava engatinhando. Também foi a fase da instalação da indústria automobilística no país, como aponta a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC) em seu site, por isso ter um carro próprio se tornava um sonho possível, mas difícil de alcançar, devido a falta de oferta de crédito direto ao consumidor naqueles anos.
“O consórcio constituiu-se como uma importante ferramenta para essa indústria automobilística recém-instalada no País. Em 1967, a Willys Overland do Brasil já possuía em sua carteira de clientes cerca de 58 mil consorciados. Portanto, o consórcio teve sua origem ligada diretamente à indústria automobilística, e durante muito tempo foi o automóvel seu único produto” aponta a ABAC.
O sucesso do consórcio no Brasil começou a reverberar em outros países e, em meados dos anos 60, ganharam países da América Latina, como Argentina, Uruguai, Paraguai, Peru, México e Venezuela. Na década de 90 foi adotado em Portugal e Espanha, países do Leste Europeu e, no final dos anos 2000, surge a primeira administradora na África do Sul.
Um caminho para regulamentação
Em entrevista ao jornal Estadão em 2018, Luiz Antônio Horta, ex-funcionário do Banco do Brasil e filho de um dos criadores do consórcio, Luiz Henrique Horta, contou suas lembranças de como os sorteios ocorriam de forma informal, sem regulamentação, entre os pilotis do prédio residencial que vivia com sua família. “Eu descia com meu pai ao térreo, onde se reuniam os funcionários do banco, e ali eram feitos os sorteios, à noite. Era uma coisa muito familiar”, conta Antônio Horta.
Foi em 1967, com o grande crescimento de grupos de consórcios de automóveis, que o Poder Público criou o primeiro ato de regulamentação do produto financeiro, direcionado às instituições bancárias administradoras, estabelecendo normas sobre depósito de recursos captados de consorciados. Mas somente na década seguinte, em 1971, que a primeira lei a respeito dos consórcios foi criada e passaram a necessitar de autorização prévia da Receita Federal para funcionar. Em 1988 o sistema passa a ser reconhecido na Constituição Federal, como competência privativa da União. E em 1991, a regulamentação passou para o Banco Central.
Em fevereiro de 2009 entra em vigor o chamado marco legal do Sistema de Consórcios, com a Lei 11.795/2008, trazendo importantes benefícios e aperfeiçoamentos a este produto financeiro criado no Brasil e que, desde 2004, conta com o Consórcio Nacional Gazin entre as administradoras que vem ajudando milhares de pessoas e famílias a realizarem seus maiores sonhos.
Fontes: memoria.ebc.com.br, abac.org.br e economia.estadao.com.br
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